sexta-feira, 23 de maio de 2014

Istambul - Grand Bazaar

Antes de viajar a Turquia, pesquisei muito se haviam riscos para uma mulher andar sozinha pelo país. Em todos os relatos as mulheres diziam que as cidades turísticas são bem seguras, porém há abordagem de muitos homens e bastava ignorar que não havia  perigo.

Quando cheguei a Istambul, o primeiro lugar que escolhi para visitar foi o Grand Bazar. Além de adorar compras e sempre ter visto fotos lindas e super coloridas do lugar, precisava trocar dinheiro e li a dica que lá é o melhor local para troca de dólares ou euros.

Saí de Sultanahmet, ao lado da Mesquita Azul e fui a pé para o bazar. Logo no caminho, já comecei a ser abordada por vendedores de tours pelo Bósforo e guias de viagem. Incrível como eles já descobriam que eu era brasileira e começavam a puxar papo. Respondia que não estava interessada em guias ou tours, mas eles continuavam andando do meu lado, dizendo que queriam conversar. Não me senti ameaçada pois as ruas eram sempre bem movimentadas e com alguns policiais pelo caminho. Alguns desses vendedores me acompanhavam por alguns metros, convidavam para jantar, mas ao recusar, eles se afastavam.

Lamparinas do Grand Bazar

Chegando ao Grand Bazaar, andei procurando uma casa de câmbio e achei várias. Realmente a taxa é bem melhor do que em Sultanahmet e vale a pena trocar o dinheiro lá.
Aproveitei para visitar a Abdulla, uma loja de produtos para banho naturais e comprar um sabonete de azeite de oliva. O vendedor me informou que os ingredientes eram todos naturais, sem produtos de origem animal e os testes dos produtos era realizado em voluntários.

Sabonetes de Azeite de Oliva
Também procurei por luva esfoliante de banho e encontrei luvas de pêlo de cabra! Portanto, atenção e sempre ler os materiais. Há muitos produtos com insumos animais nessas lojas de banho, mas também existe muita coisa de puro algodão e muita coisa vegana.


Toalhas 100% algodão

Luvas de esfoliação de pêlo de cabra
Saindo da loja, o vendedor me seguiu, querendo marcar um encontro! E foi assim durante todo o meu passeio ao local, cheguei a ficar bem irritada com a insistência de alguns homens e não respondia mais ninguém.

As lojas do Grand Bazaar não tem preço nos produtos, você precisa perguntar o preço e negociar. Li em guias de viagem que você deve pedir 50% do valor solicitado e ir negociando com o vendedor até chegar a 70% do valor.
Eu achei isso bem chato e cansativo. Eu vi um pote para doces e fiquei interessada, mas não tinha a menor noção de preço. Perguntei ao vendedor e ele me deu o preço de 250 liras turcas! Fiquei até assustada, mas realmente não tinha nenhum parâmetro para saber o valor real.

Pote de doces com preço inicial de 250 liras
Como só estava no primeiro dia, agradeci o vendedor e disse que ainda estava pesquisando preços. Aí ele já baixou para 200 liras e me convidou a entrar na loja para falar da qualidade do produto dele.
Eu entrei na loja para ver no que ia dar. Resultado, 15 minutos na loja e ele baixando o preço pra 180, 150, 100 liras... Achei melhor não comprar e pesquisar mais, em lojas fora do Grand Bazaar. Fui embora com o vendedor oferecendo o pote por 80 liras turcas!

Mas o esquema do bazar é esse mesmo. Pergunte o preço e sugira um valor menor. 
Quando não aceitavam, dizia que ia levar mais unidades, aí normalmente conseguia um bom desconto. 
Se não derem desconto, procure outra loja. Todas as lojas vendem basicamente as mesmas coisas.





E o produto mais famoso da Turquia deve ser o Olho Turco ou Evil Eye, que segundo a lenda, protege contra a inveja. É um presente legal e barato para dar para os amigos.
Achei os olhos turcos no bazar por 1 lira cada. Pedi desconto caso comprasse 10 ou 20 unidades, mas nada feito. Procurei em outras lojas e cheguei a achar o olho turco pequeno por 1,50! Acabei comprando 11 unidades por 10 liras e foi o melhor preço que achei.

Depois, saindo do Grand Bazaar, sentido Bazar de Especiarias, encontrei uma lojinha bem pequena, na rua Paşa Camii com milhares de modelos de olhos turcos, chaveiros, enfeites, com preço muito melhor!
Um evil eye um pouco maior do que tinha acabado de comprar estava 0,50 centavos!
Comprei vários itens nessa loja e o vendedor ainda me deu brinde! Vale muito a pena passear nessas ruas entre o Grand Bazzar e Bazar de Especiarias. É tudo bem mais barato e sem vendedores chatos.


Lojinha paraíso do olho turco


E em uma dessas ruas, acabei comprando meu desejado pote de doces por 30 liras. Luvas de esfoliação que no Grand Bazaar estava 6 liras, encontrei por 4.

Vale a pena visitar bazar para tirar fotos, conhecer o lugar, trocar dinheiro nas casas de câmbio, mas achei que a insistência dos vendedores convidando para entrar nas lojas é bem incômodo. Talvez eu tenha sofrido mais por estar sozinha e fiquei traumatizada.
Depois do primeiro dia, voltei ao Grand Bazaar apenas para trocar dinheiro e ia andando super rápido, de cabeça baixa, sem nem olhar pros lados para evitar vendedores importunos.
Só comprei lamparinas no Grand Bazaar. Todas as minhas outras compras foram nas ruas ao redor.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Turquia

Acredito que é possível viajar pra qualquer lugar do mundo e manter uma alimentação vegana. Sempre haverá frutas e vegetais disponíveis e, possivelmente castanhas ou algum tipo de pão sem ingredientes animais à venda.
Quando decidi ir para a Turquia, li no guia Lonely Planet que vegetarianismo não é comum no país e veganismo é considerado um comportamento aberrante, por isso, já fui preparada pensando que iria viver a base de frutas por 15 dias.

No guia Happy Cow, as poucas opções de restaurantes vegetarianos em Istambul estavam fechados e, na Capadócia e em Fethiye, meus outros destinos na Turquia, não tinham restaurantes listados! Realmente, o cenário não parecia animador. Anotei o endereço de alguns restaurantes que eram vegan-friendly que ainda constavam como abertos e parti para mais um destino.

Santa Sofia, em Istambul
Cheguei em Istambul e fiquei hospedada em Sultanahmet, a região mais turística da cidade, onde fica a Mesquita Azul, Santa Sofia e Palácio Topkapi.
Para minha alegria, já me deparei com um monte de coisa gostosa vendida perto dos pontos turísticos.
Castanhas Portuguesas
Milho Assado

Ameixa

Melancia
Espetinhos de abacaxi

Suco de Romã

Simit, um pão vegano coberto de gergelim

Fiquei super animada com as comidinhas de rua veganas. A barraquinha de rua mais comum é do simit, um pão em formato de rosquinha, vendido em todos os lugares. A massa do pão não leva leite ou ovos, no entanto, algumas barracas usam ovos para que o gergelim grude na massa. Quando o ovo é usado, dá pra perceber pela cor amarelada em cima.
Esse pão custa 1 lira turca, equivalente a R$1,10, aproximadamente.
Achei o simit bem pesado e sem gosto, mas me quebrou o galho várias vezes durante a viagem.

O item mais estranho que comi na rua foi a ameixa verde, que deve ser comida com sal e achei bem ruim.
E destaque para o suco de romã, extraído na hora, que é uma delicia!

Muitos outros alimentos são vendidos na rua, como pirulitos feitos na hora, sorvetes e chás, mas todos esses com ingredientes animais. De qualquer modo,  há muitas opções e garanto que nenhum vegano morre de fome em Istambul!